sexta-feira, 16 de julho de 2010

Perto do colapso

Ou acabamos com os nós do nosso trânsito, ou eles farão Porto Alegre parar. Estão faltando criatividade e ousadia para que os responsáveis pelo desenvolvimento e futuro da cidade tratem de arrumar recursos que garantam obras viárias inadiáveis à circulação. Não podemos voltar aos anos 70 quando o então prefeito Telmo Thompson Flores quase foi linchado por "atrever-se" a construir um túnel e alguns viadutos, todos eles, diga-se de passagem, previstos no Plano Diretor de 1959, e dar início à abertura das avenidas perimetrais.


Contam-se nos dedos de uma mão as iniciativas tomadas pela municipalidade nas duas últimas décadas para dar à cidade um sistema viário capaz de fazer frente ao progressivo aumento no número de veículos que são despejados a cada ano em suas já saturadas ruas e avenidas. Exceção feita à Avenida Beira-Rio e à Terceira Perimetral, o que surgiu de novo em termos viários foram as chamadas contrapartidas da iniciativa privada em função de grandes empreendimentos, como o Shopping Iguatemi, o residencial Jardim Europa, o Bourbon Country e o Barra Shopping Sul. Daí é que surgiram o prolongamento da Nilo Peçanha, a Rua Túlio de Rose, e as duplicações das avenidas João Wallig e Diário de Notícias, entre outros exemplos.

A esperança é que a realização da Copa 2014 no Brasil, tendo Porto Alegre como uma das cidades-sedes, faça nossos urbanistas voltarem a pensar em profundidade o futuro da cidade. Com medidas que incluam os sistemas viário e de transporte coletivo. Ou a cidade vai parar.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lições da Fenadoce

Rever Pelotas depois de vários anos é sempre um bom programa. Em especial no que se refere à preservação da História. A cidade está recuperando diversos de seus prédios mais significativos, utilizando os recursos disponibilizados pelo governo federal através do projeto Monumenta (criado ainda ao tempo de FHC), Este dinheiro, aliás, inclui não apenas ações da área pública, mas também de particulares (que recebem empréstimos do Bndes sem juros) para recuperação e conservação de imóveis com valor histórico e cultural.

Campeã dos flanelinhas

Esta Pelotas sempre pujante no que se refere à cultura, mostra uma outra face nem tão agradável: sem dúvida é a campeã brasileira dos flanelinhas! Não existe uma nesga de rua sequer da cidade em que você possa estacionar seu veículo sem que, ao sair, não seja abordado por um “guardador” que lhe solicite uma gorjeta. Menos mal que nenhum deles se mostrou agressivo ou pretendeu estabelecer um valor para “guardar” meu carro.

Os pombos do Manta

O tradicional Hotel Manta continua uma boa opção de hospedagem. Embora antigas, suas instalações garantem um bom conforto aos hóspedes. O pessoal, da portaria às camareiras, é solicito, gentil. E o café da manhã é farto, delicioso.
Pena os pombos que infestam os nichos de ar condicionado, sujam os parapeitos das janelas dos apartamentos com suas fezes e que ao nascer do dia fazem muito barulho, arrulhando sem parar.
Sempre é melhor acordar ao som de sabiás ou canários.

Quanto à Fenadoce, continua uma feira deliciosa de se ver e de se provar.